O Ministério das Relações Exteriores (MIREX) de Angola anunciou ter concluído o processo de identificação das missões no estrangeiro a serem desactivadas “temporariamente” até que o país tenha melhores condições financeiras para a sua manutenção.
A informação foi prestada na quarta-feira, em Luanda, pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Agostinho Van-Dúnem, que esclareceu também que o pessoal que deverá regressar a Luanda ainda este ano já está identificado e notificado.
Van-Dúnem assegurou que estão a ser criadas condições financeiras para o regresso, uma vez que o processo de redução de pessoal vai implicar a rescisão de contratos.
O secretário-geral do MIREX confirmou que há contratos que estão em negociação, incluindo processos de indemnização.
Agostinho Van-Dúnem adiantou também que os embaixadores cujas missões vão encerrar estão já informados e a tratar dos procedimentos internos para o processo.
Ao que tudo indica serão fechadas as embaixadas em Singapura e Indonésia, Vietname, Holanda, México, Canadá, Grécia, Hungria, Polónia e Guiné Conacri, bem como os consulados-gerais de Londres, Guangzhou (China), Dubai, Nova Iorque, Roterdão (Holanda), Hong Kong, Paris, Los Angeles e Houston (Estados Unidos), Lisboa e Faro (Portugal), Venezuela, São Paulo (Brasil), Macau, Frankfurt (Alemanha), Toulouse (França), Cidade do Cabo e Joanesburgo (África do Sul
Para o economista José Matuta Cuato, a medida do Governo é a mais correcta nesta fase de crise.
Mututa Cuato considera que algumas das actuais embaixadas de Angola não têm razão de existir numa altura em que o país quer apostar mais na diplomacia económica.
Por seu turno, o também economista Sapalo António alerta que o encerramento temporário das missões diplomáticas de Angola não deve ser entendida como o corte das relações com esses países.