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Ministros do G7 condenam ofensiva do M23 no leste da RDC


Um membro do grupo armado M23 caminha ao lado de residentes numa rua do bairro de Keshero, em Goma, a 27 de janeiro de 2025.
Um membro do grupo armado M23 caminha ao lado de residentes numa rua do bairro de Keshero, em Goma, a 27 de janeiro de 2025.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo dos Sete países democráticos condenaram veementemente, no sábado, 1, uma grande ofensiva dos rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, no leste da República Democrática do Congo (RDC), e instaram o M23 e as Forças de Defesa do Ruanda a suspender a sua ofensiva.

Numa declaração divulgada pelo Canadá, que detém a presidência do G7, os ministros dos Negócios Estrangeiros afirmaram estar particularmente preocupados com a captura de Minova, Sake e Goma, e instaram as partes a proteger os civis.

ARQUIVO: Reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Fiuggi
ARQUIVO: Reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Fiuggi

“Esta ofensiva constitui um flagrante desrespeito pela soberania e integridade territorial da RDC”, afirmaram os ministros, citando um grande aumento de civis deslocados e o agravamento das condições humanitárias.

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No sábado 1, o Ministério da Saúde da RDC informou que até no dia 31 havia 773 corpos em morgues de hospitais na cidade de Goma, no leste do Congo, após a ofensiva dos rebeldes do M23 apoiados pelo Ruanda.

Os necrotérios estão superlotados e há mais corpos espalhados pelas ruas, e foram registados 2.880 feridos, entre 26 e 30 de janeiro, segundo dados oficiais.

Os rebeldes do M23, liderados pelos tutsis, tomaram na terça-feira, 28, Goma, a maior cidade do leste do Congo e capital da província de Kivu do Norte, que alberga reservas de ouro, coltan e estanho.
Seguiram depois em direção a Bukavu, no Kivu do Sul, mas pareceram ser detidos na sexta-feira pelas tropas congolesas apoiadas pelo exército do Burundi.

As organizações humanitárias tiveram dificuldades em operar durante os dias de intensos combates em torno da captura de Goma, apoiando hospitais sobrecarregados e prestando ajuda no meio de pilhagens generalizadas dos seus armazéns e fogo cruzado que também afetou a sua própria equipa.

Os Médicos Sem Fronteiras disseram na sexta-feira que tinham apenas um pequeno stock de medicamentos e deixaram de ajudar as pessoas nos campos de deslocados.

O Programa Alimentar Mundial informou que evacuou funcionários e suspendeu atividades.

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