O ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações está sob fogo cruzado devido a um alegado conflito de interesses.
A acusação é que Carlos Mesquita, que é proprietário de uma empresa privada, beneficiou de um contrato para prestar serviços ao Estado.
No passado dia 17 de Fevereiro, através de um anúncio público, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidade, dava conta da adjudicação directa de um contrato, no valor de 20 milhões de meticais (cerca de 290 mil dólares), empresa de Carlos Mesquita para o transporte de carga na zona centro do país.
A Ordem dos Advogados entende que há ilegalidade e, por isso, a Procuradoria-Geral da República deve agir.
O provedor da justiça, José Abudo, considera que a lei de probidade é clara: “um servidor público, com interesses empresariais privados, não deve também beneficiar de concurso público do Estado e por isso, é preciso repor a legalidade”.
A Comissão Central de Ética Pública vem acompanhando as polémicas em silêncio.
Por agora, promete esclarecimentos para os próximos dias.
Enquanto isso, o Parlamento Juvenil, um movimento associativo de cidadania, emitiu um comunicado de imprensa, onde também defende ser urgente repor a legalidade do assunto.
A organização diz que a legalidade deve ser acompanhada pela demissão do ministro Carlos Mesquita.