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Ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda considera sanções dos EUA “injustificadas e infundadas”


Ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Olivier Jean Patrick Nduhungirehe. Fotografia de arquivo
Ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Olivier Jean Patrick Nduhungirehe. Fotografia de arquivo

O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Olivier Jean Patrick Nduhungirehe, considerou as sanções dos EUA “injustificadas e infundadas”, afirmando que a medida não contribuirá para a paz e a estabilidade no leste da República Democrática do Congo (RDC).

"Quanto a estas acusações e aos minerais, sabemos quem está a explorar os minerais no leste da RDC. Não é o Ruanda. Há países em África que exploram minerais e que até estão a intervir no atual conflito, mas também há países ocidentais que exploram minerais da RDC. Por isso, esta acusação não é válida", disse o ministro em entrevista à VOA.

Nduhungirehe descreveu a medida como uma interferência externa, afirmando que os esforços regionais da Comunidade da África Oriental (EAC) e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) já estão a resolver a crise.

"Consideramos que se trata de uma interferência inaceitável num processo liderado por África. (...) temos um processo em curso e, neste preciso momento, temos uma reunião dos chefes de Estado-Maior da EAC [Comunidade da África Oriental] e da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] para começar a implementar as conclusões de Dar es Salaam", declarou.

Na sexta-feira, o governo do Ruanda reafirmou o apoio a dois altos funcionários sancionados pelos EUA, bem como ao grupo rebelde M23, que capturou duas grandes cidades num conflito que ameaça o governo congolês. O Ruanda nega ter apoiado os combatentes do M23.

Os Estados Unidos sancionaram quinta-feira, 20, o Ministro de Estado para a Integração Regional do Ruanda, James Kabarebe, e o porta-voz do M23 e da Aliança do Rio Congo, Lawrence Kanyuka Kingston, juntamente com duas das empresas de Kanyuka, a Kingston Fresh e a Kingston Holding, por ligações "à violência e às violações dos direitos humanos no leste da República Democrática do Congo (RDC)".

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