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Ministro do Interior de Moçambique anuncia a morte de 22 "terroristas"


Suspeitos de terrorismo, Cabo Delgado, Moçambique (Foto de Arquivo)
Suspeitos de terrorismo, Cabo Delgado, Moçambique (Foto de Arquivo)

Amade Miquidade foi citado a reconhecer o recurso a “consultores de segurança” estrangeiros

O ministro do Interior de Moçambique anunciou a morte de 22 insurgentes, que ele apelida de terroristas, pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), nos últimos três dias, em Cabo Delgado.

Amade Miquidade acrescentou que o exército continua a realizar “operações cirúrgicas contra os terroristas inserindo a sua acção sobre bases de acampamentos dos terroristas”.

Nyusi no Teatro das Operações em Cabo Delgado
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Em declarações aos jornalistas à margem da sessão no Parlamento, o ministro revelou também que “foram destruídos meios que os terroristas usavam para a sua mobilidade, meios esses que foram violentamente apossados da população”.

Amade Miquidade lamentou a deslocação de cidadãos das zonas de conflito, mas considera ser uma “acção necessária para a sua segurança”.

Entretanto, as autoridades de Maputo admitiram hoje, pela primeira vez, o uso de mercenários na luta contra os insurgentes.

O ministro do Interior, Amade Miquidade, foi citado a afirmar que o recurso a “consultores de segurança” deriva do facto de o pais não ter capacidade de combater terroristas.

Proibido tirar fotos em Pemba

Em Pemba, na província de Cabo Delgado, a polícia está a impedir a captura de imagens de milhares de deslocados da insurgência, alegadamente para evitar a divulgação de uma imagem negativa da situação.

A publicação Carta de Mocambique escreve que a atitude surpreende a muitos, tendo em conta que anteriormente a partilha dessas imagens permitiu ao mundo ter uma dimensão real da situação provocada pela insurgência nos distritos a norte daquela província rica em gas natural.

Nas últimas semanas, pelo menos 10 mil pessoas chegaram a Pemba na esperança de encontrar sossego face a ataques frequentes de um grupo de insurgentes que já matou mais de 1.500 pessoas em três anos.

Antes desta nova onda, milhares haviam chegado a Pemba ou a outros locais considerados seguros.

O Governo diz que há 435 mil deslocados.

Ajuda humanitária é urgente em Pemba
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