Angola pode voltar a precisar do apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) para as reformas macroeconómicas que pretende levar a cabo, mas o ministro das Finanças já esclareceu que poderá tratar-se apenas de assistência técnica e financeira.
Especialistas em economia mostram-se divididos quanto a esta necessidade de recorrer ao apoio do FMI ainda que seja apenas a nível da assistência técnica.
“A parceria que temos tido com FMI como membro desta organização por direito permite-nos ter apoio em assistência técnica no programa de estabilidade macro económica que o Executivo está a elaborar", admitiu Archer Mangueira, que disse contra com o trabalho de todos para o processo de transformação económica de Angola precisa
Entretanto, o especialista Galvão Branco diz que Angola não tem outra saída.
"O estabelecimento de um acordo de assistência técnica com FMI, sobretudo orientado para o sector de controlo da gestão das contas públicas, vai moralizar o sistema angolano dentro efora do país", sublinha Branco, bem como o também economista Faustino Mumbica que apoia o pedido de ajuda.
"A China começa a dar sinais de que não tem assim tanto dinheiro para dar a Angola, que continuará a ter necessidade de se financiar em mercados internacionais, fora da China, e para termos esses financiamentos impões-se cumprir determinadas regras e isso leva-nos obrigatoriamente ao FMI”, defende Munbica.
Opinião contrária tem o também economista José Matuta Coato, para quem deve ser o próprio Governo a liderar as reformas sem ter que ir já ao FMI.
"Há um conjunto de medidas de reformas que se forem implementadas com a intervenção do FMI trarão mais austeridade, por isso creio ser mais prudente ser o próprio Executivo a avançar com as reformas, sem ir ao FMI”, conclui.