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Ministério Público pede 30 dias de prisão para Rafael Marques


Rafael Morais, activista e jornalista angolano
Rafael Morais, activista e jornalista angolano

Decisão surpreende porque os generais retiraram a acusação contra o activista e jornalista.

O Ministério Público angolano pediu neste segunda-feira, 25, 30 dias de prisão para o activista e jornalista Rafael Marques nas alegações finais do julgamento do autor de Diamantes de Sangue, acusado inicialmente de injúria caluniosa por nove generais do regime e duas empresas que operam nas Lundas.

A posição do Ministério Público surpreendeu pelo facto de os acusados de Marques terem retirado a acusação depois de terem aceite as explicações do activista e jornalista na audiência da passada quinta-feira, 19.

Na analtura, Rafael Marques e os generais chegaram a um “acordo tácito” depois de o arguido ter explicado o porquê de não ter ouvido os generais antes da publicação do livro.

Segundo o advogado de defesa David Mendes, o activista e jornalista disse ter contactado algumas pessoas que deveriam ter feito chegar aos generais em causa as suas preocupações, o que não aconteceu. “Concluiu-se que se eles tivessem tido acesso ao pedido do Rafael, eles o teriam auxiliado no esclarecimento de algumas coisas e na tomada de algumas medidas”, explicou o advogado.

Por seu turno, o advogado Fernando de Oliveira, que representa uma das companhias queixosas contra Rafael Marques, ITM, explicou o acordo alcançado e o que passou no tribunal, confirmando a versão de Mendes.

Por sua vez, Marques manifestou-se satisfeito com o acordo e reiterou que irá continuar o seu activismo nas Lundas e que os generais predispuseram-se a colaborar de modo “a evitar quaisquer violações de direitos humanos”.

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