O Ministério da Educação de Angola decidiu na terça-feira, 28, que 50 por cento dos professores devem regressar às escolas para realizar trabalhos administrativos, mas o Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) reage dizendo que os docentes não podem realizar tarefas de auxiliares de limpeza e apela à criação de condições nas escolas para que os docentes não venham a ser vítimas da Covid-19.
A circular foi assinada pela ministra da Educação Luisa Grilo e os professores devem marcar presença nos seus locais de trabalho, de acordo com uma escala elaborada pelos estabelecimentos de ensino.
Admar Jinguma, secretário geral do Sinprof, reage dizendo que os docentes não podem realizar tarefas não letivas.
“Os professores não vão lá exercer as tarefas do pessoal administrativo, como aconteceu no Cuando Cubango em que os professores foram obrigados a fazer trabalhos de limpeza, caso isso aconteça os professores têm de nos comunicar”, afirmou o sindicalista esclarecendo também que até ao momento “não há condições criadas para que se tenha uma previsão do ensino do ano letivo em Angola”.
“No início das discussões, pensávamos retomar as aulas em setembro mas com o aumento da pandemia é difícil prever uma data”, contou Jinguma.