As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) reconheceram que um carro do exército atropelou uma jovem na cidade de Maputo na manhã desta quarta-feira, 27, quando havia novos protestos contra o processo eleitoral.
"As Forças Armadas lamentam profundamente o ocorrido e assumem total responsabilidade na assistência médica e psicossocial da vítima, no entanto, apelam às populações a observar, meticulosamente, as medidas de segurança relativamente ao respeito ao código de estrada e as prioridades das viaturas militares", diz o comunicado do Ministério da Defesa Nacional.
Aquele departamento governamental acrescenta que a “viatura encontrava-se em missão de proteção de objetos económicos essenciais, limpeza e desbloqueio das vias de circulação, no âmbito das manifestações pós-eleitorais e fazia parte de uma coluna militar devidamente sinalizada".
As imagens divulgadas pela agência AFP e por internautas nas redes sociais mostram um veículo militar a acelerar pela Avenida Eduardo Mondlane sobre os manifestantes, entre elas a vítima de 26 anos idade.A nota conclui que o exército é uma “força credível para os moçambicanos” e que está comprometida “com a observância dos padrões mais elementares do direito humanitário e dos direitos humanos”.
Menos de 24 horas depois do fracassado encontro entre o Presidente Filipe Nyusi e os quatro candidatos presidencias, devido à ausência de Venâncio Mondlane que, segundo ele, não viu satisfeitas as reivindicações num carta enviada ao Governo, manifestantes saíram às ruas da capital em protestos e bloquearam várias vias de acesso.
Depois do atropelamento da jovens, manifestantes queimaram pneus e arremessaram pedras contra as viaturas das Forças de Defesa e Segurança.
A polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar a população.
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