Cerca de 500 mil trabalhadores mineiros na Africa do Sul, incluindo mais de 30 mil moçambicanos, vão ser submetidos a testes de tuberculose a partir deste ano.
O facto foi revelado pelo ministro sul-africano da Saúde Aaron Motsoaledi acrescentando que, se for necessário, mesmo as famílias dos mineiros poderão ser integrados no processo de rastreio e monitoria nos países de origem ou seja Moçambique, Lesotho e Suazilândia.
Cerca de 70 mineiros moçambicanos morrem por ano vítimas de doenças e acidentes de trabalho.
A tuberculose, agravada por infecções de HIV, e considerada uma preocupação de saúde publica entre os mineiros.
O delegado do Mnistério moçambicano de Trabalho, Emprego e Segurança Social na África do Sul, Adelino Espanha Muchenga, diz que o Ministério moçambicano da Saúde ja tem conhecimento do assunto de teste de tuberculose aos mineiros.
Entretanto, mais de 220 trabalhadores mineiros moçambicanos regressaram a casa no mês passado por terem terminado seus contractos na Africa do Sul.
Trata-se de um processo normal previsto no acordo assinado entre Moçambique e Africa do Sul sobre fornecimento da mão de obra as minas.
Os contratos são renováveis anualmente, mas alguns trabalhadores podem desistir ficando em casa.
O número de trabalhadores moçambicanos nas minas da Africa do Sul está a baixar drasticamente nos últimos anos por causa da pressão de organizações sindicais sul-africanas que defendem o recrutamento de jovens locais em detrimento de estrangeiros.