Um mineiro moçambicano morreu num acidente de trabalho no interior da mina numero 12 de platina do grupo Impala, na província sul-africana do North West ou Noroeste.
Lucas Chauque foi atingido na cabeça por uma rocha que caiu no local onde estava a trabalhar no interior da mina.
Cerca de 30 mil moçambicanos trabalham na indústria mineira sul-africana, dos quais menos de 10 mil nas minas de platina.
As minas sul-africanas, com cerca de 500 mil trabalhadores, fazem parte das mais perigosas do mundo.
Pelo menos 50 mineiros morrem por ano em acidentes de trabalho, sendo as minas de ouro consideradas as mais perigosas.
A introdução de novas tecnologias de extracção de minérios e a pressão dos sindicatos para a melhoria das condições de segurança no trabalho reduziram drasticamente os acidentes fatais nas minas.
Entretanto, os trabalhadores estão a pagar caro.
As companhias mineiras apostam no capital intensivo tecnológico em detrimento da intervenção do homem.
Este mês foi anunciado que mineiros estrangeiros a trabalhar na África do Sul poderão ser dispensados nos próximos três ou quatro anos.
O acidente que matou o moçambicano Lucas Chauque acontece numa altura em que os líderes sindicais do sector de platina acabam de renovar o apelo para o pagamento mensal de salário mínimo de 12.500 randes, cerca de 880 dólares por cada trabalhador.
Esta exigência provocou a greve mais longa da história e a enorme matança de trabalhadores, por parte da polícia, em Marikana há dois anos.
Moçambicanos deportados
As consequências continuam a danificar o sector.
Por outro lado, refira-se que mais de 1.140 emigrantes ilegais moçambicanos foram deportados pela África do Sul.
Os dados, no entanto, mostram uma redução da deportação de emigrantes ilegais, aparentemente devido a problemas da logística envolvida nas operações de detenção e transporte.