Mais de 300 oficias militares angolanos reformados, entre generais, superiores e subalternos, podem sair às ruas de Luanda nos próximos dias para exigir a restituição de cerca de 50 mil milhões de kwanzas, retirados das pensões dos reformados há 10 anos.
Eles aguardam apenas pela posição do tribunal de Luanda, prevista para terça-feira, 15, para tomar uma decisão.
José Alberto Nelson Limukeno, general reformado e presidente da Associação dos ex-Oficiais Generais, Superiores e Subalternos Reformados, disse nesta segunda-feira,14, à VOA ser constrangedora a forma como o Executivo angolano está a abandalhar aqueles que no passado deram o melhor de si, em prol da pátria, com alegações infundadas sobre crise económica em Angola.
O general Limukeno, que esteve na origem do Ministério da Defesa de Angola, em 1975, esclareceu que o PresidenteJoão Lourenço é "conhecedor deste dossier desde que era ministro da Defesa" e que "não percebe como é que deixa o assunto arrastar-se por tanto tempo".
A mesma fonte indicou que o tribunal cível de Luanda, em posse da queixa, prometeu dar o veredicto da reclamação de restituição dos subsídios até terça-feira,15, mas os visados dizem que, desta vez, caso não se resolva a questão em definitivo, "a manifestação nas ruas da cidade de Luanda será inevitável".
"Nas província do Namibe, Huila e Cunene, alguns oficiais militares reformados dizem estar de plantão", garantiu o major Fernando Chifo residente na cidade do Namibe.