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"Militares pensam ser donos da história na Guiné-Bissau"


Vaga de candidaturas à Presidência na Guiné-Bissau
Vaga de candidaturas à Presidência na Guiné-Bissau

A afirmação é de Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos que refuta ser o seu país um narco-estado.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou que os militares assumem-se, de forma algo paternalista, como "donos da História e do presente na Guiné-Bissau, e dominam o país frente a uma classe política muito pobre.

Luís Vaz Martins diz existir uma nova vaga de políticos que pode mudar o curso da história porque em toda a democracia os civis governam e os militares obedecem.

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Em conversa a partir da cidade da Praia em Cabo Verde onde participa na primeira Conferência Internacional sobre Políticas de Drogas nos Países Africano de Língua Oficial Portuguesa, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos acredita que apesar desse paternalismo dos militares a situação tende a mudar.

Apesar de a Guiné-Bissau como país ter ficado de fora da Conferência, organizada pela Agência Piaget para o Desenvolvimento de Portugal e o Governo de Cabo Verde, Luiz Vaz Martins diz que a liga dos direitos humanos que lidera representa a sociedade civil.

Martins recusou a ideia de que a Guiné-Bissau seja um narco-estado.

Além de entidades dos cinco países africanos de língua portuguesa, participam no evento, os antigos presidentes de Cabo Verde, Pedro Pires, do Brasil Fernando Henrique Cardoso, e de Portugal Jorge Sampaio, o Comissário da Comissão de Luta contra as Drogas da África Ocidental e o Procurador do Distrito de Albany, Nova Iorque, David Soares

Ao intervir do evento, o primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves garantiu que o seu país irá contribuir para que a África Ocidente e o espaço lusófono não sejam um paraíso dos traficantes.
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