O Tribunal Militar Regional de Bissau condenou 14 militares pela "tentativa de golpe de Estado", a penas de prisão que variam de 12 a 29 anos.
O antigo vice-almirante Buba Na Tchuto não foi julgado, em virtude de o Tribunal Militar Regional de Bissau não ter competência para tal.
Os conhecidos operativos militares Papis Djeme e Tchami Ialá foram condenados à revelia, enquanto alguns militares e civis foram absolvidos.
Três militares foram condenados a penas de 29 anos de prisão efetiva, oito a 24 anos e três a 12 anos.
Numa conversa não gravada com a Voz da América, o advogado da maioria dos prisioneiros do caso 1 de fevereiro, Marcelino Intupé, defende o cumprimento do acórdão do Tribunal Superior Militar, segundo o qual, não há provas do crime que sustentam as acusações contra os seus constituintes.
O caso
Este caso remonta a 1 de fevereiro de 2022 quando um grupo de homens armados atacou o Palácio do Governo, enquanto decorria a reunião do Conselho de Ministros sob a Presidência do Chefe de Estado.
Umaro Sissoco Embaló acusou militares de terem tentado dar um golpe de Estado.
Dados oficiais na altura indicaram que morreram na operação cerca de uma dezena de pessoas e alguns feridos.
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