Carregando o martelo e as bandeiras da antiga União Soviética, milhares de pessoas protestaram em Madrid no domingo contra uma cimeira da NATO que terá lugar esta semana na capital espanhola.
No meio de uma segurança apertada, os líderes dos países membros reunir-se-ão em Madrid a 29-30 de Junho, uma vez que a organização enfrenta o desafio sem precedentes da invasão russa da Ucrânia.
Espera-se que a NATO considere a proposta, oposta pela Turquia, membro da aliança, de adesão da Finlândia e da Suécia.
As nações nórdicas candidataram-se na sequência do assalto russo à Ucrânia. O Presidente russo Vladimir Putin chama à guerra uma operação militar especial, segundo ele, que em parte responde à adesão à NATO de outros países próximos das fronteiras da Rússia pós-soviética desde os anos 90.
"Tanques... sim, mas de cerveja com tapas", cantaram manifestantes, que afirmaram que o aumento das despesas com a defesa na Europa, instigado pela NATO, era uma ameaça à paz.
"Estou farto deste negócio de armas e de matar pessoas". A solução que eles propõem é mais armas e guerras e nós pagamos sempre por isso. Portanto, sem NATO, sem bases (militares), deixem os americanos ir e deixem-nos em paz sem guerras e sem armas", disse Concha Hoyos, uma residente reformada de Madrid, à Reuters.
Outro manifestante, Jaled, 29 anos, disse que a NATO não era a solução para a guerra na Ucrânia.
Os organizadores reivindicaram a adesão de 5.000 pessoas à marcha, mas as autoridades de Madrid colocaram o número em 2.200.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol José Manuel Albares disse numa entrevista ao jornal El Pais, publicada no domingo, que a cimeira também se centraria na ameaça do flanco sul da Europa em África, na qual disse que a Rússia representava uma ameaça para a Europa.
"O jantar dos ministros dos negócios estrangeiros no dia 29 será centrado no flanco sul", disse ele ao jornal El Pais.