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Milhares protestam em Barcelona contra independência da Catalunha


Manifestação em Barcelona. Um homem exibe um cartaz dizendo "Orgulhoso em ser catalão e espanhol" Espanha, 8 Outubro 2017.
Manifestação em Barcelona. Um homem exibe um cartaz dizendo "Orgulhoso em ser catalão e espanhol" Espanha, 8 Outubro 2017.

Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Barcelona, neste domingo, para expressar sua oposição a uma eventual declaração de independência da Catalunha, demonstrando como a região do nordeste espanhol está dividida sobre a questão.

Os manifestantes marcharam pelo centro da capital catalã acenando bandeiras da Espanha e da Catalunha, além de cartazes com as frases “Catalunha é Espanha” e “Juntos somos mais fortes”, depois que políticos de ambos os lados endureceram suas posições na pior crise política no país em décadas.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse no sábado, 7 de Outubro, que não descarta desfazer o governo catalão e convocar uma nova eleição na região caso a liderança catalã declare independência, além de suspender o actual status de autonomia da região.

O alerta ocorreu três dias antes de um pronunciamento esperado do líder catalão, Carles Puigdemont, ao Parlamento da Catalunha, na terça-feira, 3 de Outubro, no qual ele pode declarar a independência unilateralmente.

“Sentimo-nos tanto catalães como espanhóis”, disse Araceli Ponze, de 72 anos, durante o protesto em Barcelona. “Estamos a enfrentar um tremendo desconhecido. Veremos o que acontece nesta semana, mas temos que falar bem alto para que eles saibam o que nós queremos”.

A Catalunha, região mais risca da Espanha, tem 7,5 milhões de habitantes e seu próprio idioma. A região realizou um referendo de independência a 1 de Outubro desafiando uma proibição da Justiça espanhola.

Mais de 90 por cento dos 2,3 milhões de votantes apoiaram a secessão, de acordo com autoridades catalães. Mas a participação representou apenas 43 por cento dos 5,3 milhões de eleitores, uma vez que a maioria dos opositores à independência não foi votar.

Reuters

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