Depois de cerca de três meses de interregno as autoridades sanitárias retomaram na segunda-feira, 16, a campanha de vacinação contra a covid-19 na província da Huíla.
Mas ao mesmo tempo pessoas vacinadas com uma dose da vacina AstraZeneca mostram-se preocupadas pelo facto de ainda não terem recebido a segunda dose quando estão a atingir o limite da validade da primeira dose
Nesta nova fase de vacinação estão a ser administradas pela primeira vez 14 mil e 400 doses da Johnson & Johnson a cidadãos maiores de 18 anos de idade, vacina essa que é administrada numa só dose
Deste lote de vacinas Lubango beneficia mais de metade.
Grupos minoritários como a comunidade San e as populações afectadas pela seca estão entre as prioridades, fez saber a directora do gabinete provincial da saúde, Luciana Guimarães.
À espera da AstraZeneca
Mais de sete mil pessoas aguardam ainda com preocupação na Huíla pela toma da segunda dose da AstraZeneca.
A preocupação destas pessoas que não quiseram ser identificadas deve-se ao facto de muitas delas terem ultrapassado ou estarem no limite do intervalo de 90 dias entre as duas vacinas para completar a dose.
A responsável da saúde na Huíla diz que a disponibilidade de vacinas da AstraZeneca depende do governo central, mas não deixou de admitir que haja dificuldade de aquisição face à procura mundial.
Por outro lado a incapacidade local de conservação travou a chegada das vacinas Sputnik V e Pfizer, que carecem de uma cadeia de frio com temperaturas ultra baixas.
Com 110 óbitos e mais de mil 730 casos de Covid-19 a província da Huíla está entre as mais afectadas pela doença em Angola.