Milhares de manifestantes marcharam em várias partes do globo, no sábado, 5, em apoio a Gaza e ao Líbano, quase um ano depois de os ataques do Hamas em Israel terem provocado uma escalada dos combates na região.
“Receamos uma guerra regional, porque neste momento há tensões com o Irão e talvez com o Iraque e o Iémen. Por isso, haverá muitos problemas na região e tememos também por outros países. Temos de acabar com a guerra, porque se tornou insuportável. Tornou-se insuportável”, afirmou o manifestante Franco-Libanês, Houssam Houssein, durante o protesto em Paris.
Em Londres, apoiantes pró-palestinianos de todo o país iniciaram a marcha de Russell Square até Downing Street exigindo o fim do conflito, que já matou cerca de 42.000 pessoas em Gaza.
Itália, Alemanha, África do Sul e Filipinas foram apenas alguns dos pontos onde se assinalaram protestos contra a continuidade do conflito no Médio Oriente.
No início deste ano, a África do Sul solicitou ao Tribunal Internacional de Justiça que ordenasse a Israel que se abstivesse de actos que pudessem ser abrangidos pela Convenção sobre o Genocídio. A África do Sul acusou Israel de genocídio em Gaza, o que Israel e os seus aliados ocidentais consideraram infundado.
Zackerea Bakir, 28 anos, disse que já participou em dezenas de marchas em todo o Reino Unido. A multidão continua a comparecer porque “toda a gente quer uma mudança”, disse Bakir à AFP.
“A situação continua a piorar cada vez mais e, no entanto, nada parece estar a mudar... Acho que é cansativo termos de continuar a sair”, disse Bakir, acompanhado na manifestação pela mãe e pelo irmão.
Nas últimas semanas, Israel intensificou fortemente os ataques contra o Hezbollah, com uma série de ataques aéreos e uma operação terrestre no sul do país, após quase um ano de conflitos transfronteiriços de nível inferior, travados em paralelo com a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.
c/ Reuters e AFP
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