Milhares de crianças continuam a estudar ao relento na província angolana da Huíla na sua maioria do Ensino Primário.
Esta é uma das várias situações apontadas entre os problemas que enfermam o ensino de base na região e que se reflecte na falta de qualidade dos alunos provenientes deste subsistema de ensino.
Nesta época chuvosa, por exemplo, alguns professores são frequentemente forçados a interromper as aulas com todas as consequências associadas.
A directora do Gabinete Provincial da Educação, Paula Joaquim, admite que o quadro actual do Ensino Primário não é dos melhores e que precisa de ser invertido.
«Há muitos factores que estão na base do fracasso no ensino primário, ou seja, na má qualidade do ensino primário como factores sociais factores económicos o próprio professor as condições das escolas a desmotivação dos alunos a desmotivação do professores todos esses aspectos nós temos de trabalhar”, afirma Joaquim.
A responsável que tutela a Educação na Huíla falava no lançamento do 1º Congresso Internacional sobre o ensino primário a decorrer entre 21 e 23 de Novembro na cidade do Lubango e que visa a busca de contribuições de especialistas do Brasil e Portugal em prol deste subsistema de ensino.
Para o Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) na Huíla, os problemas do ensino primário são o resultado de decisões erradas do governo tomadas no passado sem ouvir os parceiros.
O diálogo franco aberto e sem exclusão é o passo para a busca de soluções, mas o secretário provincial do SINPROF, João Francisco, teme pelo pior no futuro em função dos sinais dados pela actual gestão da educação no país.
«O ensino primário é o alicerce do sector da educação é o alicerce daquilo que projetamos para o futuro, mas da maneira de como estamos a andar hoje não vamos esperar nada daqui há 50 anos. é aí onde nós sempre dissemos que os que gerem o Ministério da Educação são pessoas que deviam sair mesmo porque elas não se revêm o sector da educação», diz Francisco.