O ex-presidente e ex-primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe Miguel Trovoada assume amanhã, 20 de Agosto, o cargo de representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, em substituição de José Ramos Horta, que deixou o lugar em Junho.
Trovoada, que recebeu os termos de referência da sua missão esta semana em Nova Iorque de Ban Ki-moon, afirmou que o seu trabalho irá primar-se por ajudar as autoridades de Bissau naquilo que elas considerarem prioritário neste momento decisivo da história do país.
Em entrevista à Rádio ONU, Miguel Trovoada diz esperar que a comunidade internacional apoie as autoridades da Guiné-Bissau depois de um trabalho sério de realização de eleições e regresso à normalidade constitucional.
Os países de língua portuguesa também têm um papel importante a desempenhar neste momento, mormente devido à língua e história comuns, tanto o Brasil que esteve muito activo no processo de estabilização, como os demais da CPLP, segundo o novo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau.
Miguel Trovoada recusa definir prioridades e diz que as Nações Unidas apenas têm de ajudar o Governo da Guiné-Bissau nas prioridades que ele definir.
"Não são as Nações Unidas que vão definir prioridades, mas sim as autoridades da Guiné-Bissau que sabem o que é o melhor para o país", reiterou o antigo presidente e ex-primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe Miguel Trovoada, que assume amanhã o cargo de representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, em entrevista à Rádio ONU.
Recorde-se que o secretário-geral Ban Ki-moon nomeou recentemente como seus vice-representantes para a Guiné-Bissau o brasileiro Marco Carmignani e a portuguesa Maria do Valle Ribeiro.