Mais de 100 meninas continuam desaparecidas em Dapchi, na Nigéria, onde o grupo extremista Boko Haram atacou um internato na segunda-feira,afirmaram alguns pais das estudantes à agência de notícias France Presse nesta sexta-feira, 23.
O líder da associação dos pais das estudantes desaparecidas, Bashir Manzo, disse que foi realizada "uma lista completa de todas as meninas desaparecidas" e que nessa lista "foram registados 105 nomes".
De acordo com o colégio Girls Science Secondary School, que fica no Estado de Yobe, no momento do ataque havia 710 alunas na escola, que recebe jovens a partir de 11 anos de idade.
Moradores ouvidos pela AFP disseram que milicianos do grupo extremista nigeriano, fortemente armados, atacaram na segunda-feira a cidade de Dapchi.
Na quarta-feira, 21, um morador e um funcionário do Governo local disseram à agência Reuters que as Forças Armadas da Nigéria haviam resgatado 76 alunas e recuperado os corpos de duas outras.
A Reuters não pôde determinar a forma como as duas meninas morreram.
Na quinta-feira, 22, o porta-voz do governador do estado de Yobe afirmou que "algumas das jovens desaparecidas num colégio para meninas da cidade de Dapchi foram encontradas pelas forças nigerianas e levadas para um local seguro", sem dizer o número exacto de estudantes libertadas ou as circunstâncias em que elas conseguiram a liberdade.
Não está claro se as meninas foram sequestradas pelo grupo terrorista ou se fugiram para a selva, temendo a repetição do sequestro das garotas de Chibok, no Estado vizinho Borno, em 2014.
O Presidente nigeriano Muhammadu Buhari ordenou na quarta-feira à noite ao exército "para actuar imediatamente" e "informar da evolução da situação".