Uma marcha organizada pela União Nacional dos Trabalhadores Angolanos–Confederação Sindical (UNTA-CS) mobilizou neste sábado, 14, em Luanda, cerca de meio milhar de pessoas que protestaram contra o aumento de custo de vida e do desemprego.
Muitas queixaram-se das empresas que fecham portas a cada dia, apesar da promessa do Presidente João Lourenço de criar 500 mil empregos.
“O custo de vida está muito alto, as famílias perderam poder de compra e estão sem consumo e era preciso passar essa mensagem às autoridades”, denunciou o secretário-geral da UNTA, Manuel Viage, quem lembrou que os salários tenham poder de compra e que o “emprego seja garantia de estabilidade, o que não acontece ac tualmente”, reforçou.
Trabalhadores de empresas que fecharam as portas recentemente participaram na marcha que durou pouco mais de uma hora, sem incidentes.
O secretário-geral da UNTA, próxima ao partido no poder, lamentou que a actual legislação laboral tenha aumentado a precariedade do emprego, pois, entre outras disposições, permite que uma pessoa com malária, por exemplo, seja despedida.
A central sindical tinha previsto marchas e protestos noutras províncias, mas não há notícias de eventos do tipo.