O responsável do Sindicato dos Enfermeiros de Angola, Afonso Kileba, denunciou que muitos medicamentos doados ao país têm sido desviados para os centros e laboratórios privados cujos donos são, na maior parte das vezes, administradores e directores dos hospitais e centros médicos.
“Muitas vezes há laboratórios situados defronte dos hospitais que são dos directores ou administradores”, disse.
O sindicalista diz que tudo acontece porque os critérios de nomeação gestores não obedecem os regulamentos do Ministério da Saúde.
Entretanto, já chegaram a Luanda kits de testes de malária doados pelo Governo dos Estados Unidos para o diagnóstico da malária que permitirão a detenção fiável das infecções palúdicas, particularmente em áreas remotas, onde o acesso a serviços de microscopia de qualidade é limitado
A Embaixada dos Estados Unidos da América anunciou na última semana, em Luanda, que o seu Governo, através da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), forneceu 1.4 milhões de testes rápidos.
A doação foi feita a pedido do Governo de Angola e visa apoiar o Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) do Ministério da Saúde, a que se vem juntar ao pedido de emergência de 500 mil kits de testes feito em Junho de 2016.
Os kits deverão ser distribuídos nas unidades sanitárias das províncias do Kuanza- Norte, Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul, Uíje e Zaire.
O Governo americno já investiu em Angola um total de 28 milhões de dólares americanos na luta contra a malária, doença que continua a ser considerada como a principal causa de mortse no país.
O programa de combate à malária prevê ainda a entrega, nos próximos meses, de 100 mil doses de anti maláricos, de segunda linha para o tratamento do paludismo grave, além da distribuição de mais de 10 milhões de redes mosquiteiras até 2018, em colaboração com o PNCM e o Fundo Global.