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Médica de Michigan acusada de prática de mutilação genital feminina


Condenação poderá resultar em multa e até cinco anos de prisão.

Uma médica de Detroit, Michigan, foi detida por ter feito mutilação genital feminina a duas meninas de seis e oito anos, no que é o primeiro caso da aplicação de uma lei de 1996 que pune a prática.

Jumana Nagarwala, médica de 44 anos de idade, é acusada de ter executado a mutilação genital feminina desde 2005.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que a médica “realizou horríveis actos de brutalidade contra as vítimas mais vulneráveis”.

Na quinta-feira, 13, Nagarwala teve a primeira audição perante um juiz de Detroit e foi ordenada a sua prisão até segunda-feira, enquanto aguarda outra sobre as acusações que enfrenta relativas especificamente à duas meninas que ela operou em Fevereiro.

Funcionários da justiça americana consideraram as acusações de "perturbadoras" e "deploráveis" e disseram que "estão empenhados em fazer o que for necessário para acabar com essa prática bárbara e garantir que nenhuma criança seja vítima".

O Departamento de Justiça informou que Nagarwala disse a agentes federais que ela sabia que a mutilação genital feminina é um crime nos Estados Unidos, mas negou que ela tivesse feito qualquer operação do género.

Nagarwala, formada pela Universidade Johns Hopkins em Maryland, trabalha em Michigan desde 2001. O seu cadastro não tem nenhuma queixa formal ou acção disciplinar contra.

Se for condenada, Nagarwala enfrenta uma multa e até cinco anos de prisão por executar mutilação genital feminina.

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