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Mediação de Angola na RDC


Presidente de Angola, João Lourenço ao centro, na cimeira de Paz e Segurança no leste da RDC, à margem da 36ª Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana em Addis Abeba. 17 fevereiro 2023
Presidente de Angola, João Lourenço ao centro, na cimeira de Paz e Segurança no leste da RDC, à margem da 36ª Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana em Addis Abeba. 17 fevereiro 2023

Analistas em Luanda avaliam desafios da mediação angolana no longínquo conflito no leste da RDC. Para falar sobre o assunto, ouvimos os especialistas de relações internacionais, Almeida Henriques e Nkimkinamo Tusamba e o analista político, Anselmo Kondumula.

O Presidente João Lourenço disse recentemente que o conflito entre a República Democrática do Congo e o Rwanda pode conhecer um desfecho, em breve, atendendo aos grandes avanços dos últimos meses nas reuniões do processo de Luanda, a nível ministerial.

O estadista angolano afirmou que uma cimeira ao mais alto nível ajudaria a desbloquear o impasse, para evitar o retrocesso do processo e assegurar que não sejam desperdiçados os entendimentos e ganhos já alcançados, nomeadamente no que concerne à neutralização das Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda FDLR e à retirada do contingente militar rwandês do território da RDC.

Nas últimas semanas se intensificaram os combates no leste da República Democrática do Congo e as partes beligerantes reclamaram a conquista de importantes cidades.

As conversações mediadas por Angola entre o Presidente da RDC, Felix Tshisekedi, e o seu homólogo ruandês, Paul Kagame, foram sucessivamente canceladas, sobretudo a mais recente convocada em meados de Dezembro do ano passado.

O Presidente da República, João Lourenço, vai assumir, a partir do próximo mês de Fevereiro, a presidência rotativa da União Africana, órgão máximo da organização continental.

Analistas políticos em Luanda disseram que a segurança, integração económica regional e a democratização vão ser os principais desafios do presidente angolano na liderança da organização continental.

Apontam igualmente os conflitos, instabilidades, golpes de estados, fome e miséria como fatores que ainda persistem no continente africano, que exigem coragem e determinação para serem resolvidos.

Entretanto, o especialista de relações internacionais, Almeida Henriques afirma que a mediação angolana no conflito do leste da RDC não pode impor, mas encontrar aproximação entre as partes.

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