O Movimento dos Estudntes Angolanos (MEA) criticou a introdução de passes de transporte a estudantes até à nona classedisse que devem estender-se aos aluns de todos os niveis de ensino.
A Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI) anunciou recentemente a atribuição de cartões a 30 mil estudantes, mas disse que querer atingir eventualmente 12 mil.
Os passes custam 1.000 kwanzas, cerca de um dólar e 15 centavos.
O Executivo angolano investiu mais de 1.500 milhões de kwanzas para a materialização dos passes sociais, segundo Mário Pedro, presidente da Comissão Executiva da Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI), entidade gestora do Sistema Nacional de Bilhética Integrada (SNBI), que falava a mídia pública.
Em outubro de 2023, foram atribuídos os primeiros passes sociais para atender às necessidades de transporte de pessoas vulneráveis, com necessidades especiais e estudantes do ensino público entre 6 e 15 anos, matriculados até a 9ª classe.
Além dos autocarros, os cartões poderão ser usados nos táxis com um carregamento mensal, com descontos nas viagens, enquanto a ENBI fará o pagamento aos taxistas no final do mês, como disse Francisco Paciência, presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), que manteve nesta quinta-feira, 27, uma reunião de concertação com a direcção do ENBI.
“Alunos até 9ª classe e com idade até 15 anos. Estes, nessa altura, é gratuito. Vão à escola ou vão ao quiosque, em algumas quiosques nós já podemos ver, adquirem esse cartão com base nos documentos da escola e vão consumindo. Têm um número de viagens limitado por mês, penso que é de acordo com o número de vezes que vão e vêm da escola.”, disse Paciência.
Francisco Teixeira, presidente do MEA, organização que há mais de 20 anos luta pela implementação do passe social nos transportes públicos, critica a maneira como os passes sociais para estudantes foram implementados, argumentando que o sistema deve ser inclusivo.
“Nós não estamos satisfeitos com esta situação que o Governo nos criou”, disse Teixeira, acusando as autoridades de “aproveitaram o nosso pedido para encontrar uma forma de fazer dinheiro, para lucrarem com a nossa aflição”.
“Nós queremos um passe totalmente gratuito, que permita aos estudantes irem para a escola e voltarem sem pagar absolutamente nada”, defendeu
Teixeira informou foi feita uma petição ao Presidente da República para que o “Passe Social seja completamente gratuito, sem qualquer custo, e atingir estudantes do ensino superior porque, neste ano, muitos estudantes ficaram sem fazer as provas por falta de capacidade financeira”.
A Voz da América tentou contactar Mário Pedro, presidente da Comissão Executiva da ENBI, mas não obteve qualquer resposta.
Fórum