O Movimento dos Estudantes Angolano (MEA) e organização juvenil do MPLA, JMPLA, marcaram duas marchas para o mesmo dia e mesma hora em Luanda, o que está a provocar tensão e acusações mútuas.As manifestações, por objectivos diferentes, estão marcada para sábado dia 15 no centro de Luanda.
O MEA convocou a manifestação para exigir o regresso às aulas na universidade pública angolana cujos professores se encontram em greve já lá vai um mês, enquanto a JMPLA diz que a sua marcha de character partidário se encontra agenda há muito tempo.
Francisco Teixeira, do MEA, acusa a JMPLA de arrogância e prepotência e fazer de propósito para sabotar a actividade dos estudantes, que não vão recuar.
"A JMPLA decidiu fazer a mesma actividade que nós, no mesmo local e horário, só para atrapalhar, mas nós não vamos recuar, a nossa vontade de ter no ensino público, o regresso às aulas é grande, nós vamos marchar com ou sem Jota, sairemos à rua no dia e local que marcamos há 15 dias", garantiu Teixeira.
Por seu lado, o líder da força juvenil do MPLA, Crispiniano dos Santos, diz que a JMPLA tem a sua agenda muito bem traçada há bastante tempo e que as acusações de Teixeira não têm fundamento.
"Isto não condiz com a verdade porque nós temos programas próprios e não precisamos interferir em programas de outrem", garantiu.
O primeiro secretário da JMPLA esclarece que a actividade não se resume a Luanda e é extensiva a todos jovens angolanos.
"Nós pensamos pôr em Luanda na rua mais de 180 mil pessoas e no resto do país um total de 5 milhões de jovens e não apenas jovens da JMPLA mas todos os jovens do bem", concluiu.
A Voz da América contactou o porta-voz do Gabinete Provincial de Luanda Wilson Dos Santos, para saber se qual dos expedientes entrou primeiro, mas não obteve resposta
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