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Massacre a 114 civis em Burkina Faso classificado de "bárbaro" e "desprezível" pelo Presidente


Roch Marc Christian Kaboré, Presidente do Burkina Faso fala a partidários, 26 de Novembro de 2020
Roch Marc Christian Kaboré, Presidente do Burkina Faso fala a partidários, 26 de Novembro de 2020

O ataque é o mais violento desde 2015 e teve por alvo apenas civis

Pelo menos 114 civis foram mortos em Solhan, no norte de Burkina Faso, entre a noite de ontem e as primeiras horas deste sábado, 6, naquele que já é considerado o ataque mais sangrento no país desde o início da violência de grupos radicais islâmicos em 2015

"O saldo, ainda provisório, é de 114 pessoas mortas, homens e mulheres de todas as idades", disse à AFP uma fonte da segurança, mas o número pode ser superior.

O Governo confirmou ataque e o número de vítimas.

Numa comunicação ao país, o Presidente Roch Marc Christian Kabore responsabilizou os jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico e pediu a união dos cidadãos.

"Devemos permanecer unidos e sólidos contra essas forças obscurantistas", disse Kabore, quem classificou o ataque de "bárbaro" e "desprezível".

Uma fonte local disse que primeiro o ataque teve como alvo um posto dos Voluntários pela Defesa da Pátria (VDP), de apoio civil ao Exército, e "depois os agressores foram às casas dos moradores, que foram executados".

"Além do pesado tributo humano, o pior que registramos até hoje, as casas e o mercado (de Solhan) foram incendiados", declarou outra fonte da segurança.

Um responsável do serviço de segurança, que preferiu o anonimato, informou que "homens foram destacados para realizar operações de busca e proteger as populações que irão realizar a recuperação dos corpos e sepultamento das vítimas".

O Governo já decretou luto nacional de três dias a partir da próxima segunda-feira.

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