Os municípios moçambicanos de Maputo, Matola e Boane vão sofrer a partir de terça-feira, 10, uma crise de abastecimento de água que deverá durar por tempo indeterminado.
A situação vai afectar directamente pelo menos 250 mil famílias que são abastecidas pelo provedor estatal de água, em três municípios que tem como número de habitantes, mais de quatro milhões de pessoas.
A situação surge na sequência de medidas de restrição de abastecimento, decretada pela empresa que distribuir a água devido à crise que está a afectar a estação de captação, facto que tem como origem a seca que há dois anos assola o rio Umbeluzi.
O provedor já anunciou o programa alternado de abastecimento aos bairros e deixa um alerta para os consumidores.
A medida já começa a preocupar os consumidores, que não sabem como serão os próximos dias.
Se a situação para o consumo está assegurada, complicada está a das empresas agrícolas, temporariamente proibidas de usar a água do rio porque a prioridade é para a captação para o consumo.
A Bananalándia, maior produtor da banana exportada de Moçambique, já sente os efeitos da medida e diz que há áreas de produção que se encontram há três meses sem rega, o que deixa a produção e o futuro dos trabalhadores numa grande incerteza.
A barragem dos Pequenos Libombos é responsável pelo abastecimento de água às cidades de Maputo, Matola e Boane, mas um levantamento feito na quinta-feira passada indica que os reservatórios estão a apenas 14% da capacidade.
As autoridades alertam que caso não chova a situação do abastecimento poderá ser ainda mais agravada.