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Manuel Vicente refuta "acusações falsas" e promete analisar uma reação judicial


Manuel Vicente
Manuel Vicente

O antigo vice-Presidente de Angola considera de falsas as acusações do antigo presidente do Banco Fomento Angola e braço direito de Isabel dos Santos, de apropriação de 193 milhões de euros num contrato assinado quando ele era presidente do Conselho de Administração da Sonangol.

“Parece ter como objetivo servir a estratégia de defesa de alguém que estará, certamente, em sérios apuros", escreve Manuel Vicente em comunicado numa aparente referência a Isabel dos Santos.

O antigo vice-Presidente promete ainda analisar "em sede própria" e em conjunto com os seus advogados "os meios de reação mais adequados a este ataque agora feito pelo Sr. Dr. Mário Leite da Silva”.

Manuel Vicente diz que a denúncia de Silva é "uma imputação nitidamente falsa" e demonstra má-fé.

Este posicionamento do antigo PCA da Sonangol surge depois de na quarta-feira, 23, a estação televisiva portuguesa SIC, ter avançado que Mário Leite da Silva, numa denúncia dirigida a reguladores internacionais, revelou que Vicente apropriou-se de 193 milhões de euros quando era presidente do Conselho de Administração da Sonangol.

Ele terá assinado um contrato de suprimento que estabelecia que a petrolífera iria ceder mais de 193 milhões de euros à Esperaza, a holding que haveria de ser detida pela Sonangol e Isabel dos Santos e que viria a assinar contrato com Américo Amorim para a compra de 33% da Galp.

"Este contrato é falso e foi levado ao conhecimento oficial pelo Ministério Público de Angola num processo judicial de arresto contra as pessoas de Isabel dos Santos e seu marido Sindika Dokolo e contra a minha pessoa", escreveu Silva.

A “ilegalidade”, segundo o antigo braço direito da filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, radica no fato do contrato de sete páginas ter sido assinado a 30 de novembro de 2005, dois meses antes de a Sonangol ter entrado no capital social da Esperaza e antes, por isso, da empresa poder libertar o dinheiro, como veio efetivamente a acontecer.

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