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Manifestações continuam devido a controversa lei de cidadania na Índia


Polícia tentar controlar as chamas numa manifestação levada a cabo por estudantes contra a nova lei da cidadania na Índia
Polícia tentar controlar as chamas numa manifestação levada a cabo por estudantes contra a nova lei da cidadania na Índia

A polícia indiana lançou gás lacrimogéneo para dispersar centenas de manifestantes que incendiaram veículos em Deli no domingo, numa onda de continuados protestos, que já segue no seu quinto dia consecutivo, contra uma nova lei de cidadania.

O governo do primeiro-ministro Narendra Modi diz que a nova lei vai salvar minorias religiosas como hindus e cristãos das perseguições nos vizinhos Bangladesh, Paquistão e Afeganistão, oferecendo-lhes um caminho para a cidadania indiana. Mas os críticos dizem que a lei, que não faz a mesma disposição para os muçulmanos, enfraquece as fundações seculares da Índia.

A promulgação da lei a 11 de Dezembro provocou protestos em toda a Índia, mas a parte oriental do país, onde o ressentimento em relação aos imigrantes de Bangladesh persiste por décadas, está entre os mais atingidos. Decorrem manifestações na capital indiana desde sexta-feira.

Manifestantes contra a nova lei da cidadania na Índia
Manifestantes contra a nova lei da cidadania na Índia

No domingo, manifestantes no sul de Nova Deli, incluindo moradores e estudantes da Universidade Jamia Milia, incendiaram autocarros, carros e pneus.

Uma testemunha disse à Reuters que a polícia recorreu a cargas de bastão e lançou gás lacrimogéneo contra os manifestantes para dispersá-los.

Há registos de feridos, que foram levados para o hospital mais próximo.

Sunil Choudhary, vice-chefe de bombeiros, disse que quatro autocarros foram incendiados na área sul de Deli e dois bombeiros ficaram feridos.

Segundo Choudhary, o departamento de bombeiros de Deli enviou quatro carros de bombeiros para o local. "As estradas estão bloqueadas, não podemos levar os feridos ao hospital", disse à Reuters.

Serviços de Internet foram suspensos em partes de Bengala Ocidental. A ministra-chefe do Estado, Mamata Banerjee, em discurso para o povo pediu paz e alertou que "uma secção de pessoas está a tentar tirar proveito da situação e incitar a desarmonia entre a comunidade".

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