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Manifestantes libertam 200 reclusos em Gorongosa em protestos contra alto custo de vida


Militares patrulham as ruas da Gorongosa, no centro de Moçambique, antes das eleições locais de 19 de novembro de 2013
Militares patrulham as ruas da Gorongosa, no centro de Moçambique, antes das eleições locais de 19 de novembro de 2013

Administrador alerta que a segurança da população está em risco

Um grupo de manifestantes enfurecidos, em protesto contra o alto custo de vida, invadiu nesta segunda-feira, 3, uma cadeia distrital e libertou mais de 200 reclusos no distrito de Gorongosa, na província moçambicana Sofala.

O administrador de Gorongosa disse que os protestos foram liderados por mototaxistas e garimpeiros e visaram estabelecimentos comerciais de venda de produtos da primeira necessidade, pertencentes a comerciantes de origem indiana e bengali.


Continuam os protestos contra pagamento de portagens em Maputo 
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O grupo bloqueou temporariamente a Estrada Nacional número 1, impediu a circulação de pessoas e bens e vandalizou a residência protocolar do presidente da vila autárquica e um armazém de cereais.

“Lamentavelmente começaram por invadir a cadeia e saíram cerca 200 reclusos, são pessoas que estavam presas a cumprir as suas penas, depois poderá saldar em aumento de índice de criminalidade ao nível de distrito”, acrescentou Pedro Mussengue.

Aquele administrador acredita que a intenção dos manifestantes era de pilhar bens nos estabelecimentos comercias, mas a tentativa foi frustrada graças à intervenção das autoridades policiais que conseguiram controlar a situação.

O distrito é apontado como o celeiro da produção agrícola na província de Sofala, mas está a ressentir-se da insegurança alimentar.

Cerca de 67 mil agregados familiares lutam contra a fome, situação aliada à fraca produção na última campanha agrícola, devido à combinação de fatores climáticos, invasão dos campos e destruição de culturas por animais selvagem.

Mussengue reiterou que a soltura dos reclusos semeou um clima de medo e insegurança no seio das comunidades, visto que população local tem ainda a memória fresca do sofrimento que viveu com a tensão político-militar entre 2014 e 2019, entre o Governo e a Renamo.

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