O Ministério Público na província angolana da Lunda Sul acusou 19 activistas detidos a 17 de Novembro durante manifestações nas Lundas de rebelião e tentativa de golpe de Estado.
A prisão foi assim legalizada e continuam detidos em Saurimo, e no Cuango, município da Lunda Norte, confirmou à VOA José Mateus Zecamutchima, líder do Movimento Protectorado da Lunda Tchokwe, que reivindica a autonomia das Lundas.
Entretanto, o governador da Lunda Sul, Daniel Félix Neto, questionado pela VOA, nega ter havido em Saurimo “manifestações e detenções dos activistas”.
Em resposta, Zecamutchima acusa Neto de “estar a mentir” porque ele próprio informou ao governador por telefone da prisão dos manifestantes.
O advogado de defesa dos detidos, Sebastião Assurreira, disse ser chegado o momento de levar à barra dos tribunais aqueles que “fazem sofrer” os angolanos e afirmou não ter qualquer fundamento a acusação de rebelião e tentativa de golpe de Estado.