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Malianos não abrem cantinas em Luanda e dizem estar "com muito medo"


Luanda sem cantinas
Luanda sem cantinas

No dia do arranque da Operação Resgate, ministro maliano confirma prisão de 74 cidadãos do seu país

As autoridades angolanas deram início nesta terça-feira, 6, à Operação Resgate, mas sem grandes aparatos ou demonstração de força numa iniciativa que, segundo a polícia visa repor a ordem em Luanda e noutras cidades do país.

Começou operação resgate - 2:15
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Entre os alvos estão os taxistas sem licença, que hoje não se viram nos principais bairros da capital, e estrangeiros em situação ilegal.

As conhecidas cantinas dos malianos estiveram fechadas, cujos proprietários dizem estar com medo e escondidos.

O ministro maliano da Diáspora, Yaya Sangaré, confirma a prisão de 74 malianos, mas antes do início da operação.

“Estamos com muito medo, as cantinas estão fechadas, a situação é difícil, eu não sai de casa, tenho muito medo”, disse à VOA um maliano sob anonimato.

Trinta mil malianos em Angola

Malianos e outros cidadãos da África Ocidental em situação ilegal em Angola temem pelo seu futuro, como adiantou um cidadão da Costa do Marfim, que sublinhou que “todos estamos com medo e sem saber o que fazer”.

Por seu lado, ministro maliano responsável pela Diáspora, Yaya Sangaré, disse ao Serviço Bambara da VOA haver cerca de 30 mil malianos no país.

“Desde que a operação começou até agora, segundo a embaixada e o comité de malianos em Angola há 74 detidos em Luanda”, revelou Sangaré.

Quem também confirmou a presença de malianos na prisão de Viana, foi o director nacional do Serviço Jesuíta para os Refugiados, Padre Celestino Epalanga.

“Efectivamente, a informação é que há malianos no Centro de Detenção de Estrangeiros e Imigrantes no município de Viana e os nossos advogados, coincidentemente, encontraram ontem o pessoal do Consulado do Mali que deve estar a tentar ajudá-los”, disse o padre Epalanga à VOA, que não pôde confirmar o número, mas “são muitos”.

Enquanto não há números sobre a Operação Resgate que formalmente arrancou hoje, recordo que na semana passada, o Serviço de Migração e Fronteira expulsou 583 cidadãos estrangeiros por "decisão judicial e administrativa", e deteve cidadãos por "permanência e auxílio à imigração ilegal".

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