VOA - DAKAR —
Registou-se violento confronto entre o exército maliano e o grupo separatista tuaregue MNLA, próximo da localidade de Anefis, situada a uma centena de quilómetros do reduto da MNLA em Kidal.
Os recontros foram os primeiros entre as duas partes em mais de um ano, e podem destruir as tentativas de encontrar uma solução negociada para a crise em antecipação do sufrágio nacional marcado para 28 de Julho próximo.
Um porta-voz militar na capital, Bamaco, indicou que o exercito capturou Anefis e prepara-se para assaltar Kidal, situada a uma centena de quilómetros para norte.
O porta-voz do MNLA Moussa Attaher indicou que os rebeldes estão a reagrupar nos arredores de Anefis e preparam um contra ataque.
Attaher referiu que ao início desta quarta-feira, o exército maliano atacou, com armas pesadas, as posições avançadas. A mesma fonte precisou que o MNLA abandonou a localidade para evacuar os civis e levar os combates para fora de Anefis.
Acrescentou que o MNLA estava a reagrupar a menos de cinco quilómetros das posições do exército maliano e que novos confrontos eram iminentes.
Attaher salientou que o exército os atacou e que o MNLA estava a actuar e legitima defesa.
Os residentes de Kidal indicaram à Voz da América que as ruas se encontravam desertas e que combatentes do MNLA estavam a ocupar posições fora da cidade.
Kidal é a única principal localidade nortenha que não é controlada pelo exército maliano desde a chegada das forças francesas em Janeiro e que forçou os militantes islâmicos a abandonar as localidades e as cidades do norte do Mali.
O governo maliano interino destaca que o exército maliano deve retomar Kidal antes das eleições nacionais planeadas para 28 de Julho.
O MNLA recusa-se a desarmar antes de negociações ou permitir que o exército maliano entre na cidade.
A ofensiva militar maliana regista-se dois dias após o governo interino ter condenado as detenções e expulsões de Kidal de residentes de pele escura por parte do MNLA.
Residentes indicaram à Voz da América que aproximadamente duas centenas de Songhoys e outros residentes de pele escura foram detidos por se terem recusado a participar num protesto contra o exército maliano.
O MNLA indicou numa declaração ter detido 180 pessoas sob a suspeita de serem espiões do exército maliano, mas que apenas vinte ficaram detidos.
O ministro dos estrangeiros maliano Coulibaly condenou o que classificou de actos racistas e indicou que exercito iria caminhar sobre Kidal.
Coulibaly indicou que a detenção de centenas de cidadãos malianos por serem negros e lhes dizerem para irem para o seu país é extremamente sério.
O MNLA precisou que qualquer tentativa de reocupar Kidal será uma declaração de guerra.
O MNLA iniciou a luta pela independência do norte do Mali em Janeiro de 2012, desencadeando uma crise nacional.
Soldados revoltados derrubaram em Março de 2012 o governo central maliano, e metade norte do país caiu em poder dos militantes islamitas ligados com a al-Qaida durante dez meses.
Os recontros foram os primeiros entre as duas partes em mais de um ano, e podem destruir as tentativas de encontrar uma solução negociada para a crise em antecipação do sufrágio nacional marcado para 28 de Julho próximo.
Um porta-voz militar na capital, Bamaco, indicou que o exercito capturou Anefis e prepara-se para assaltar Kidal, situada a uma centena de quilómetros para norte.
O porta-voz do MNLA Moussa Attaher indicou que os rebeldes estão a reagrupar nos arredores de Anefis e preparam um contra ataque.
Attaher referiu que ao início desta quarta-feira, o exército maliano atacou, com armas pesadas, as posições avançadas. A mesma fonte precisou que o MNLA abandonou a localidade para evacuar os civis e levar os combates para fora de Anefis.
Acrescentou que o MNLA estava a reagrupar a menos de cinco quilómetros das posições do exército maliano e que novos confrontos eram iminentes.
Attaher salientou que o exército os atacou e que o MNLA estava a actuar e legitima defesa.
Os residentes de Kidal indicaram à Voz da América que as ruas se encontravam desertas e que combatentes do MNLA estavam a ocupar posições fora da cidade.
Kidal é a única principal localidade nortenha que não é controlada pelo exército maliano desde a chegada das forças francesas em Janeiro e que forçou os militantes islâmicos a abandonar as localidades e as cidades do norte do Mali.
O governo maliano interino destaca que o exército maliano deve retomar Kidal antes das eleições nacionais planeadas para 28 de Julho.
O MNLA recusa-se a desarmar antes de negociações ou permitir que o exército maliano entre na cidade.
A ofensiva militar maliana regista-se dois dias após o governo interino ter condenado as detenções e expulsões de Kidal de residentes de pele escura por parte do MNLA.
Residentes indicaram à Voz da América que aproximadamente duas centenas de Songhoys e outros residentes de pele escura foram detidos por se terem recusado a participar num protesto contra o exército maliano.
O MNLA indicou numa declaração ter detido 180 pessoas sob a suspeita de serem espiões do exército maliano, mas que apenas vinte ficaram detidos.
O ministro dos estrangeiros maliano Coulibaly condenou o que classificou de actos racistas e indicou que exercito iria caminhar sobre Kidal.
Coulibaly indicou que a detenção de centenas de cidadãos malianos por serem negros e lhes dizerem para irem para o seu país é extremamente sério.
O MNLA precisou que qualquer tentativa de reocupar Kidal será uma declaração de guerra.
O MNLA iniciou a luta pela independência do norte do Mali em Janeiro de 2012, desencadeando uma crise nacional.
Soldados revoltados derrubaram em Março de 2012 o governo central maliano, e metade norte do país caiu em poder dos militantes islamitas ligados com a al-Qaida durante dez meses.