O ministro da Saúde de Angola revelou que 15 mil pessoas morreram no país devido à malária no ano passado, de um total quatro milhões de casos.
Luís Gomes Sambo reconheceu que, apesar dos esforços que se têm vindo a realizar a malária , em Angola, continua a ser a maior causa de mortalidade no país, afectando mais crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas.
“Em 2016, o país enfrentou uma epidemia de malária em simultâneo com a de febre-amarela, dengue e chicungunha, fruto das quedas pluviométricas acima do esperado associado às condições de saneamento do meio e dificuldade no controlo do vector (mosquito), cuja densidade peculiar é bastante elevada em todo país”, afirmou.
Sambo explicou que a luta contra o paludismo implica a participação activa das comunidades sem isenção.
O ministro anuncioua realização, em Maio próximo, de uma campanha de distribuição, de mais de 10 milhões de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração.
Entretanto, em conversa com a VOA, o responsável da SOS Habitat, André Augusto ,responsabilizou o Governo por não permitir que os seus gestores sejam fiscalizados pelo Parlamento para se saber como são geridos os fundos alocados ao sector.
O líder cívico denunciou um alegado silenciamento pelas autoridades sanitárias do país do conhecido desvio de uma doação do Fundo Global destinado ao combate à malária em Angola.