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Malária: Mortalidade infantil continua elevada em África


Todos os anos pelo menos 631 mil pessoas no continente sucumbem à doença.

Apesar dos avanços na luta contra a malária, a mortalidade infantil, especialmente em África, continua elevada.

Kathryn Maitland, pediatra especializada em doenças infecciosas no Imperial College de Londres, que vive no Quénia, diz constatar o tremendo efeito da malária junto das populações nas regiões endémicas em África, especialmente entre as crianças.

Todos os anos, pelo menos, 631 mil pessoas no continente sucumbem à doença e, a maior parte, diz Maitland, "é constituída por crianças com menos de cinco anos de idade".

Reforço dos orçamentos

Aquela especialista afirma, entretanto, que nem tudo são más notícias.

Durante os últimos 10 anos, verificou-se um reforço dos orçamentos na luta contra a doença, o que contribuiu para distribuir mais redes mosquiteiras embebidas em insecticida e medicamentos para os tratamentos mais eficazes que existem actualmente.

Por isso, Maitland revela que os problemas causados pela malária decresceram em algumas partes do mundo, embora continue sendo uma séria ameaça em partes de África.

A especilaista apela à comunidade científica a enfocar mais no tratamento da malária porque, reforça, "uma melhoria modesta de algumas complicações de casos severos de malária pode ter um impacto substancial na mortalidade através da África”.

Kathryn Maitland acrescenta ter-se verificado relativamente pouco progresso no tratamento da doença, incluindo na criação de vacinas.

A pesquisadora manifestou também a sua preocupação pelo aparecimento de resistências tanto aos insecticidas usados nos mosquiteiros como aos medicamentos baseados em artemisin.

Por essas razões, Maitland conclui ser necessário que a comunidade científica internacional coloque o combate à malária como a primeira das suas prioridades.

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