Na província angolana de Malanje, regista-se uma crescente tensão entre os moto-taxistas e as autoridades policiais que os “motoqueiros” acusam de prepotência e abusos.
A polícia diz estar empenhada em fazer respeitar o código de estrada e o registo dos moto-taxistas e rejeita as acusações
Um moto-taxista está detido desde quarta-feira, 8, depois de um grupo se ter manifestado contra o posicionamento das autoridades.
As autoridades policiais não se pronunciaram sobre a detenção de Laurindo Armindo Caboloca.
Outros levantamentos públicos estão a ser preparados pelos “motoqueiros” para exigir a libertação do colega e a revisão da medida policial.
Moisés Munana acusou também a polícia de prender os taxistas “sem motivos”.
Avelino disse que a polícia está a confiscar as motos perfeitamente legalizadas e depois os força a pagar 48 mil kwanzas “pré-pago no banco” antes de libertar as motorizadas.
O director provincial de Viação e Trânsito, Cristóvão da Gama, disse que a missão do órgão é a reposição da legalidade e retirar do mercado de táxis motos e viaturas não licenciadas.
“O código de estrada no seu artigo 4º diz que a desobediência deste comunicado e das outras normas estabelecidas no código de estrada implica sanção”, justificou a polícia depois de emitir um comunicado sobre o assunto.
O comandante provincial da Polícia Nacional, comissário António José Bernardo, disse que a acção policial é para o bem de todos quanto usam as estradas.
“Nós, enquanto autoridade, enquanto Polícia não temos outra missão senão proteger-vos, quando vocês estiverem legais quem vai vos proteger em primeira instância somos nós”, afirmou Bernardo, acrescentando que “aquele que incorrer num abuso contra vocês será por nós detido”.