A Direcção Provincial de Malanje da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas suspendeu nos últimos dias a entrada na circunscrição de gado bovino, subprodutos e seus derivados para a prevenir a região da febre aftosa que assola algumas províncias do sul de Angola.
Num comunicado tornado público, aquele órgão refere que a patologia bovina conhece incidência nas províncias do Cuando-Cubango e Cunene, razão pela qual os criadores de gado bovino deverão estar informados sobre a enfermidade animal e comunicar as autoridades sanitárias em caso do registo de qualquer de doença nas respectivas propriedades.
O transporte da referida espécie de gado para a província de Malanje só ocorrerá mediante autorização da entidade sanitária na província, para a tomada de medidas cautelares.
A fazenda Epaema, localizada na comuna do Lombe, município de Cacuso, a cerca de 20 quilómetros da província de Malanje e com uma população estimada em perto de 200 cabeças de gado bovino, está protegida contra as diferentes patologias.
O sócio-gerente da mesma Mario Alberto Machado apoia a decisão das autoridades sanitárias, mas defende a inspecção do cumprimento do comunicado, tendo em conta a fragilidade das fronteiras existentes.
“Estou a fazer um investimento adicional na contratação de alguns serviços veterinários, embora tenho estado a receber o apoio institucional dos Serviços Veterinários da província e não tenho tido problemas na minha fazenda”, garantiu.
Machado defende que “esse trabalho não se deve limitar à entrada de animais, mas também o acompanhamento desse animais para que não fujam ao controlo veterinário”.
A febre aftosa constitui uma grande preocupação tanto dos produtores, que podem ter de bater o gado, como da população que, caso consuma carne infectada, pode levar à morte.