Os médicos, pediatras, enfermeiros, clínicos gerais e técnicos de saúde angolanos vão falar a mesma língua no tratamento de doenças que afectam as crianças no país. A decisão saiu das oitavas jornadas sobre o “ensino da pediatria em Angola, sua importância na sustentabilidade da municipalização dos serviços de saúde” realizadas em Malanje.
Os cerca de 300 profissionais de saúde de dez das 18 províncias que conformam o território nacional discutiram em plenárias durante três dias os protocolos de abordagem das doenças na criança e aspectos relacionados com a educação da pediatria.
O presidente da Sociedade Angolana de Pediatria, Francisco Domingos disse que foi abordado o tratamento da malária “principal patologia, abordagem das doenças diarreicas, das pneumonias, da meningite, abordagem de alguns acidentes, intoxicações, abordagem de alguns problemas cirúrgicos mais comuns”.
Segundo ele, “fazendo um pacote para uniformizar os actos, nós pretendemos é que haja uma uniformização, entre aspas, que todos falemos a mesma linguagem e actuemos da mesma forma”.
As experiências do hospital pediátrico de Luanda “David Bernardino”, da Direcção provincial de Saúde e da Universidade de Medicina ambas de Malanje contribuíram na apresentação dos modelos de melhoramento da assistência aos petizes enfermos.
Angola apesar dos esforços está aquém de atingir os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio em 2015 admitiu o responsável promotor das jornadas.
O presidente da Sociedade Angolana de Pediatria, Francisco Domingos, reconhece que "apesar das melhorias ainda há muito a fazer" e que atingir os objectivos do Milénio já não vai ser possível, defendendo a melhoria de vida da população, do saneamento básico, do abastecimento de energia e águas, do controlo dos resíduos sólidos e da alimentação para reduzir significativamente a morbi-mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade.
O ministro da Saúde José Van-Dúnem referiu na abertura do encontro que decorreu no anfiteatro do Instituto Médio Agrário de Malanje no sector do Quéssua, a 12 quilómetros a norte desta cidade, as acções do governo para a prioridade absoluta das crianças.
“É satisfatório ouvir que quando as pessoas se dirigem para as aldeias, desta e de outras províncias, vêm um número muito grande de crianças e, é um bocado o resultado da combinação das altas taxas de natalidade e da redução significativa da mortalidade infantil e neonatal”, justificou.
O rastreio do estado nutricional de crianças e seis cursos pré-jornadas sobre a Assistência Integrada a Criança, puericultura, patologia infecciosa e mono-prevenção, ao aleitamento materno e problemas comuns em cirurgia antecederam as oitavas jornadas de pediatria.