As escolas católicas em Malanje dizem que estão em dificuldades para preencher o vazio deixado pelas escolas oficiais que não existem em muitos lugares.
No bairro Vila Matilde, arredores da cidade de Malanje, a Escola Missionária, por exemplo, de acordo com o director Estêvão Ndala, tem apenas 70 vagas para alunos da iniciação, 35 para segunda classe, igual número para a terceira, e modulo II e 60 para módulo III.
“Estamos apertados na medida em que a nossa escola é pequena, e encontra-se localizada num bairro muito populoso, Vila Matilde que quase que não tem escolas do ensino primário”, disse.
Com apenas 35 alunos por cada turma, o estabelecimento de ensino debate-se com a ausência de mobiliário escolar, professores, vigilantes e empregados de limpeza.
O complexo Escolar São Francisco de Assis Número 133, no bairro Catepa, o empecilho é o mesmo.
Os mais de mil lugares foram preenchidos por alunos que transitaram de classe, revelou a directora Jany Massunga.
Uma sala foi criada para absorver alunos novos da primeira classe, mas os demais interessados devem procurar outras instituições de e ensino.
Na Escola São Pedro Número 117, no bairro da Kizanga, para as 216 vagas disponíveis havia 1010 candidatos, de acordo com a directora Maria da Conceição.
Ela acescentou que a Operação Resgate encerrou algumas escolas da periferia e o número de crianças fora da escola aumentam no ano lectivo 2019.
“A Operação Resgate está a atingir até as escolas, temos algumas escolas fechadas por falta (talvez) de legalização, então muita gente bate às nossas portas, mas a nossa escola não tem capacidade de resposta”, confirmou.
O ano lectivo abre oficialmente no próximo dia 1 de Fevereiro.
Em Malanje, o número de crianças fora do sistema de ensino poderá superar as mais de 32 mil.
A rede de ensino da Igreja Católica, na região, tem 32 estabelecimentos de ensino.