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Utentes queixam-se de má qualidade de serviços no Hospital de Malanje


Hospital Geral da Província de Malanje - Angola
Hospital Geral da Província de Malanje - Angola

Doentes qualificam o atendimento de péssimo e falam da ausência de médicos e enfermeiros durante a noite

Os pacientes que acorrem ao Hospital Geral de Malanje clamam por maus-tratos a partir dos bancos de urgências às consultas externas há vários meses.

Os doentes e familiares entrevistados pela emissora oficial local reprovaram as atitudes dos enfermeiros, médicos e até do pessoal auxiliar.

Rosa Albano é uma das vítimas do comportamento muito aquém do exemplo deixado por Hipócrates.

“Isto não está muito bem correcto, a pessoa está doente, vem volta, vem volta e não estamos muito bem de saúde, a pessoa que ir à casa, mas tem que vir ao hospital”, lamentou e concluiu “vem aqui no hospital estão a dar voltas e agora não soubemos como devemos fazer ”.

O Sebastião Piedade Lourenço da Costa precisou que o atendimento é péssimo, “é vandalismo nas pessoas, a pessoa chega aqui de manhã não atendem nem nada, só te dão a ficha regressa em casa no mesmo dia, volta ao hospital e não tem como”.

O Sebastião dos Santos foi ocupar o lugar as seis horas da manhã, por volta das 10 horas aguardava pela consulta, para o Neves António Agostinho que chegou uma hora antes, assim como o André Domingos protestaram as formas de atendimento dos pacientes. “A pessoa chega aqui já arrasca, doente tem que esperar tantas horas, isso não fica bem”, concluíram.

A negligência do corpo clínico em todas as secções tem contribuído para o aumento de mortes hospitalares, mas que há vários anos os diferentes responsáveis nunca aceitaram tais factos.

Às noites são mais desastrosas, nem enfermeiro, nem médico para assistir a tempo os doentes que se deslocam para a referida unidade hospitalar de referência na região nordeste do país.

A situação é grave e o actual director clínico do Hospital Geral de Malanje, médico Jacob Nlenvo admitiu a existência de constrangimentos, mas solicita a ajuda dos utentes para denunciar as irregularidades.

“Todo o cidadão que sofra um maltrato ao nível do Hospital Geral perante um trabalhador de saúde e, vou mais alargar a informação, não só no profissional de saúde, mas os trabalhadores de saúde”, disse, esclarecendo que “o enfermeiro, médico, catalogador, vigilante até aquele dos serviços gerais se o utente sofrer um maltrato para não fazer troca de palavras existe a área de utentes e pode, senão se dirigir ao nível de um do gabinete de um dos directores”.

O então, governador de Malanje Boaventura da Silva Cardoso movimentou durante a sua vigência, por algumas vezes, a direcção da referida unidade por falta de cumprimentos das obrigações com os pacientes.

O que tudo indica pouco ou nada alterou em termos de humanização.
Quatro directores devem garantir a funcionalidade da instituição, nomeadamente o director-geral, clínico, de enfermagem e o director administrativo em colaboração com os distintos quadros afectos a diversas áreas.

O Hospital Geral de Malanje conta apenas com 38 médicos, dos quis quatro nacionais.
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