Pelo menos quatro crianças morreram de pneumonia no primeiro semestre deste ano no Hospital Materno-Infantil de Malanje, anunciou a chefe de departamento provincial de saúde pública da Direcção Provincial de Saúde, Yolanda Mote.
A responsável confirmou os dados esta semana durante o lançamento oficial da vacina pneumo 13, depois de ter acontecido acto idêntico na capital angolana Luanda.
“Durante o ano 2011 tivemos 71.163 casos que resultaram em 14 óbitos, o ano 2012 tivemos 51.366 e houve oito óbitos e, até ao primeiro semestre de 2013 tivemos 21.312 casos e temos quatro óbitos”, precisou.
O antigénio que imuniza crianças menores de cinco anos de idade contra a pneumonia, otite média aguda, meningite, atrite, perotenite, ostiomielite e bactermia febril aconteceu apenas no município de Malanje por razões de conservação.
“Hoje parece muito simples estamos aqui, lançamos a vacina a partir de amanhã podemos encontrar a vacina em quase todas as unidades do município sede de Malanje, de principio, porque não vamos poder atingir os outros municípios devido as condições que a própria conservação da vacina exige”, disse, clarificando que “é preciso fazer uma avaliação ao nível dos municípios para ver os critérios de conservação da vacina se correspondem ao que se prevê ou não”.
Casos as condições sejam adversas “não poderemos introduzir esta vacina no município que for encontrado essa debilidade”.
A directora provincial da Saúde, médica Lazina Vera Cruz Mfute, disse que a pneumonia constitui a segunda causa da morbi-mortalidade infantil na região e que nova vacina não é exclusiva às épocas de campanha.
“A vacina pneumo 13 é uma vacina que será incorporada no calendário de vacinação de rotina, não é uma vacina exclusiva de campanha, mas sim, é uma vacina que será introduzida na vacinação de rotina de formas a conseguirmos uma melhor eficácia no processo de imunização das nossas crianças”, afirmou.
As famílias devem estar sensibilizadas de forma a contribuírem para o êxito do programa do governo angolano, referiu o vice-governador para o sector político e social, Manuel Campos.
Segundo ele “toda a população se aderir, as mamãs se conseguirem levar as crianças para a vacinação vamos reduzir os casos de mortalidade infantil e teremos crianças mais saudáveis”, anunciando que o executivo angolano vai continuar a trabalhar com as estruturas da saúde para que Angola deixe de pertencer a lista vermelha da OMS.
“Não queremos, as crianças são o futuro da humanidade, são o futuro do nosso país, portanto, eles é que vão continuar a nacionalidade angolana, queremos crianças saudáveis”, defendeu o vice-governador Manuel Campos.
Angola registou nos últimos anos a morte de mais de 500 crianças por pneumonia por cada 100 mil casos confirmados, números relativamente superiores aos da República Democrática do Congo e Zâmbia, com menos de 500 mortes anualmente.