A província de Malanje está suscetível ao surto de sarampo devido à fraca cobertura de vacinação nos últimos dois anos, confirmou o director local do Gabinete de Saúde, Avantino Hélio Sebastião.
Os pais de milhares de crianças menores de um ano de idade não cumprem com o calendário de imunização desde 2017 em várias localidades de Angola, referiu Sebastião, preocupado com a proximidade com a província da Lunda-Sul afectada pela epidemia.
“A única medida de prevenção para não adquirir esta doença é mediante a vacinação, e nós cá, em todo o país, de modo geral temos um problema: as coberturas vacinais no país não são as melhores”, disse, acrescentando quer “logicamente a província de Malanje encontra-se nesse leque”.
As autoridades de Malanje não noticiaram qualquer morte até ao momento por sarampo apesar dos municípios de Cahombo, Calandula, Cangandala, Luquembo, Marimba, Massango, Quirima e Kambundi-Katembo apresentarem mais dificuldades para a cobertura vacinal de rotina.
O supervisor provincial do Programa Alargado de Vacinação, Frederico Muatchimbau disse em Dezembro do ano passo que além do sarampo, a maioria das crianças dos municípios de Malanje não estava imunizada com a BCG, pólio oral e injectável, pneumo, rota-viros, hepatite B e febre-amarela.
Cerca de 20 mil petizes daquela faixa etária aguardavam pela vacinação de rotina por negligências dos pais, falta de vacinadores, transporte e cadeias de frio em quase todas as unidades sanitárias do interior desta circunscrição do país.