A directora executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar (SETSAN), Leonor Mondlane, diz que mais de três milhões de moçambicanos enfrentam a insegurança alimentar aguda, representando um aumento relativamente ao ano passado em que o número de afectados no país era de 400 mil.
Este aumento deve-se, fundamentalmente, a eventos climáticos adversos que têm impacto na produção de alimentos, e analistas dizem que só uma agricultura sustentável e resiliente pode mitigar.
Mondlane afirmou que os mais de três milhões correspondem a cerca de 10 por cento da população moçambicana, e que 25 por cento dos afectados se encontram na província de Cabo Delgado, que está a ser fustigada por ações terroristas.
Ela avançou que está em curso um trabalho de assistência às pessoas afectadas, sobretudo em insumos agrícolas, realçando que já foram colocados à disposição das famílias 120 mil kits, como forma de prepará-las para a sua própria produção.
Contudo, Mariamo Abbas, da organização Observatório do Meio Rural, diz que o número de pessoas enfrentando a insegurança alimentar aguda ‘’é superior ao anunciado pelo SETSAN, considerando que o mesmo se estima em mais de 50 por cento da população moçambicana afectada’’.
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