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Mais de meia centena de trabalhadores aguardam enquadramento no Ministério da Justiça há 18 anos


Sede do Governo de Uíge
Sede do Governo de Uíge

Um total de 57 colaboradores do Ministério da Justiça e Direitos Humanos na província angolana do Uíge exigem o seu enquadramento na função pública, ao mesmo tempo que se queixam de receber subsídios “miseráveis” de três mil kwanzas por mês há 18 anos.

Um dos colaboradores que falou com a VOA na condição de anonimato revelou enfrentar enormes dificuldades para sustentar a família, situação que piorou com a atual pandemia.

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“Eu sou funcionário há 18 anos, nós quase não temos salário, é subsídio de 3.000 kwanzas e nunca fomos enquadrados, eu vivo na casa de renda e fazemos as refeições na casa da minha irmã com os filhos”, disse o colaborador que pede ao Governo que “resolva a situação”.

Por seu lado, o representante do sindicato dos trabalhadores de Justiça no Uíge, Tomás Kembo, garantiu que o processo está em negociação “para se encontrar um meio-termo”, mas o processo “já dura anos”.

Contatada pela VOA, a delegada provincial do Ministério da Justiça e Direitos Humanos, Mankuenda Verónica, lembrou que os colaboradores tinham sido contratados no âmbito do projeto do Balcão Único do Empreendedor (BUE), que não existe.

Verónica fez saber, no entanto, que o caso já foi apresentado às instâncias superiores para uma decisão final.

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