Noventa e cinco por cento das empresas privadas de segurança e auto-protecção em funcionamento na província de Malanje é ilegal, confirmou o delegado do Ministério do Interior, comissário António José Bernardo.
O oficial superior, que se reuniu com os gestores das respectivas filiais, anunciou que as acções de fiscalização realizadas desde o princípio de 2014 indicam várias anomalias.
“Ou são filiais ou são constituídas de forma ilegal e são filiais de empresas sedeadas em Luanda e algumas são mesmo dirigidas desde Luanda”, disse, precisando que “na pior das hipóteses representados por elementos sem reconhecimento jurídico porque não fazem parte da sua estrutura de pessoal, nem estão reconhecidos pela Policia Nacional”.
O também comandante provincial da Policia Nacional referiu que o recrutamento, integração e gestão dos efectivos das empresas violam os pressupostos da lei e muitos deles possuem idoneidade duvidosa.
O comissário António José Bernardo garantiu que alguns eram agentes da Polícia Nacional, mas foram expulsos por prática de crimes de roubos e furtos, burlas por defraudação, ofensas corporais, uso de arma de fogo e por violação
“De Dezembro de 2013 a Outubro de 2014 foram detidos e conduzidos a tribunal 13 agentes protectores de empresas de segurança privada por cometimento de crimes, como ofensas corporais com recursos as armas em sua posse quando em serviço, por extravio de bens militares, por furto, por homicídio voluntário simples, por disparos anárquicos e por roubo”, confirmou.
As armas distribuídas aos efectivos das empresas privadas de segurança passam com facilidade para as mãos dos marginais na região, por ineficiência, falta de preparação e incapacidade ao exercício da actividade para alguns.