Mais de 50 pessoas foram mortas perto da cidade de Gao, no nordeste do Mali, na sexta-feira, 7, depois de assaltantes armados terem emboscado o seu comboio e a sua escolta do exército, disseram um funcionário local e residentes.
Os atacantes atacaram perto da aldeia de Kobe, a cerca de 30 quilómetros de Gao, numa região onde os afiliados do Estado Islâmico e da Al-Qaeda têm estado activos há mais de uma década, desestabilizando o Mali e os seus vizinhos Burkina Faso e Níger.
“As pessoas saltaram dos veículos para fugir. Havia muitos civis mortos e feridos”, disse o funcionário local no sábado, 8, falando sob condição de anonimato devido a preocupações de segurança.
Foram registados 56 corpos no hospital de Gao, disse o funcionário, acrescentando que havia também um número desconhecido de baixas militares.
O exército do Mali não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Um residente de Gao também disse que cerca de 50 pessoas foram mortas e veículos incendiados. Os ataques mortais tornaram-se tão frequentes que os militares organizam escoltas quase diárias, disse o residente.
As insurreições criaram raízes no norte árido do Mali na sequência de uma rebelião separatista tuaregue em 2012. Desde então, os militantes islâmicos espalharam-se por outros países da empobrecida região central do Sahel, a sul do Sara.
Os ataques mataram milhares de pessoas e contribuíram para uma crise humanitária com mais de 3,2 milhões de pessoas deslocadas em janeiro, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.
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