Na província angolana de Malanje, foram destruídos nos últimos dias 2.612 armas de fogo, numa cerimónia encabeçada pelo vice-governador cessante para o sector político e social, Manuel campo.
Dezenas de crimes cometidos mensalmente em Malanje são com recurso a armas de fogo ilegais.
O coordenador da Subcomissão Técnica Provincial de Desarmamento da População Civil, subcomissário Caetano Quitumbo, confirmou que de 2014 a Setembro deste ano foram retiradas de circulação mais de 7 mil armas de fogo nos 14 municípios de Malanje.
“Das quais 4.549 forma destruídas em 2014 pela ONG Hallo Trust, o parceiro neste processo vocacionado para o efeito e ainda o resultado do peso bruto de 5,5 toneladas, cujos destroços foram transladados para a capital do país, Luanda”, justificou.
Apesar do elevado número de engenhos militares recolhidos a situação de segurança pública no território é estável.
“Das 3.097 armas que presentemente se encontram a cargo da subcomissão técnica provincial, 2.612 de diversos calibres estão em estado obsoleto e serão nesta segunda fase destruídas pela referida equipa, enquanto 485 armas de diversos calibres encontram-se em estado operacional”, confirmou Quitumbo.
“Embora a tipicidade dos crimes registados na província nos permita afirmar a existência de elementos (…),com armas de fogo adquiridas de forma ilícita com maior referência aos marginais caçadores furtivos, o quadro de situação de segurança pública no geral é estável”, concluiu.
Na cerimónia, o delegado do Ministério do Interior, comissário António José Bernardo, reiterou que um país sem armas nas mãos de civis é sinónimo de paz e permite o investimento estrangeiro.
“O processo de desarmamento da população civil em curso constitui numa alavanca fundamental para a consolidação da paz e da democracia no nosso país, infundindo confiança junto de investidores nacionais e estrangeiros e aumentando sobremaneira o sentimento de segurança dos cidadãos”, concluiu Bernardo.