As mães e familiares dos activistas angolanos detidos a 20 de Junho mantêm a marcha prevista para amanhã, 8, apesar de o Governo da província de Luanda ter dito que o protesto não deve realizar-se, abrindo assim caminho à intervenção da polícia.
Adália Chivonde, mãe do activista Nito Alves, um dos detidos, garantiu à VOA que se “até às 10 horas de amanhã os nossos filhos não forem soltos, vamos avançar com a marcha”.
Chivonde e outros promotores da marcha encontraram-se ontem com o Comandante Geral da Polícia Nacional Ambrósio de Lemos e hoje com o segundo vice-procurador-geral da República.
Nos encontros, aqueles dois responsáveis pediram que a marcha fosse adiada num prazo de uma semana, período em que eles iriam tentar a libertação dos activistas.
As mães não aceitaram a proposta e reiteraram que sairão às ruas de Luanda amanhã se até lá os activistas não forem soltos.
António Kisanda, membro do Conselho Nacional dos Activistas de Angola, presente nos encontros, reiterou a posição dos promotores da marcha e disse que o próprio Comandante Geral da Polícia Nacional assegurou que irá fazer contactos para que os jovens sejam libertados.
Recorde-se que o chamado “grupo dos 15 mais um” foi detido a 20 de Junho acusado de preparar um Golpe de Estado por via da desobediência civil.
O prazo para a prisão preventiva terminou na passada quarta-feira, 5, mas até agora não houve qualquer pronunciamento do Ministério Público.